claudemir pereira

A uma semana de sua convenção, MDB local corre atrás da unidade

Dentro de exata uma semana ocorre convenção histórica no MDB santa-mariense. Ainda que a anterior também já encaminhasse isso, esta, que se realiza no próximo sábado, dia 30, tem toda a cara de evento de ruptura. Quase um rito de passagem, entre um período de quase quatro décadas em que o grande líder, condutor e (não raro) tutor das coisas do partido, Cezar Schirmer, e o futuro, em que a agremiação estimula, cria e entroniza novas lideranças.

Há cerca de 20 dias, o diretório municipal nomeou uma comissão, composta da atual presidente, Magali Marques da Rocha, de um ex-presidente e liderança respeitada do partido, Antonio Carlos Lemos, e do presidente de honra, Jaime Homrich. A primeira tarefa desse colegiado é formar um diretório consensual.

Embora não seja tarefa fácil, não chega a ser complicada, como a história ensina. De todo modo, esse grupo de militantes a ser escolhido, algo como seis dezenas, terá tarefa mais difícil, a escolha do novo presidente e sua executiva.

Pelo que foi possível apurar junto a emedebistas envolvidos nas discussões, afora consolidar a importância (que se diga, conferida pelas urnas e pelo cargo que ocupa) do deputado Roberto Fantinel, também terá nomes diferentes das figurinhas carimbadas da agremiação, em funções de liderança.

Nesse sentido, é bastante provável que se confirme aquilo que a coluna publicou há já um punhado de meses: o médico Francisco Harrisson, com apoio irrestrito do deputado e também, pelo menos, da atual presidente, e de outros dirigentes, será o presidente.

O ex-vereador, que concorreu a vice-prefeito na chapa liderada por Sérgio Cechin (PP), que ainda reluta, é bom dizer, retornaria assim à linha de frente da política, depois de dois anos de "período sabático". E será ele, com Fantinel e seus aliados, o líder, o condutor da sigla pelos próximos dois anos, o que inclui, claro, as discussões em torno da sucessão municipal de 2024.

Em tempo - Se todas as articulações derem errado (e estão caminhando bem, ao que apurou o colunista), se tudo o que se imagina possa se concretizar der para trás, sem a anunciada ruptura com o passado, bem, aí quem será o presidente da sigla, pode apostar, será o próprio Roberto Fantinel. E ponto.

Em tempo 2 - Independentemente das idiossincrasias emedebistas, há algo com que todos concordam: Magali Marques da Rocha, que assumiu um grande abacaxi, em 2017, e que iniciou o caminho já sem a presença de Schirmer, domiciliado inclusive eleitoralmente na Capital, deixa o cargo, quase cinco anos depois, com honras raras em dirigentes emedebistas. É o que reconhecem até mesmo eventuais adversários internos.

A pesquisa que confirma uma animada eleição para o Senado

Foi divulgada, no início da semana, pelo grupo de mídia Record, uma interessante pesquisa eleitoral, feita pela empresa Real Time/Big Data. O levantamento ouviu 1,2 mil pessoas entre os dias 15 e 16 deste mês. Recentíssimo, portanto.

É verdade que ainda faltam cinco meses e meio para o pleito de 2 de outubro, mas começa a se confirmar o que este (nem sempre) humilde escriba tem dito: mais que para o Palácio Piratini, animação mesmo será percebida na disputa pela solitária vaga para o Senado. E que é defendida pelo atual ocupante da cadeira, o radialista, advogado e jornalista Lasier Martins (eleito pelo PDT, hoje no Podemos).

A provável entrada em cena (ainda não confirmada oficialmente) de Manuela d'Ávila, do PC do B, tende a tornar a disputa ainda mais acirrada. Nessa rodada de pesquisa, inclusive, a ex-deputada e ex-candidata a vice-presidente da República em 2018, é a primeira colocada nos principais cenários colocados para os entrevistados.

Nesse primeiro momento, ela rivaliza com o vice-presidente Hamilton Mourão, recém-filiado ao Republicanos. Ela com 20%, ele com 16%. O que pode significar um empate técnico, no limite da margem de erro de 3%, para mais ou menos.

Nesse cenário, não ficariam muito atrás e, claramente, também competitivos, respectivamente, Ana Amélia Lemos (PSD), 12%, José Ivo Sartori (MDB), 10%, e os triplamente empatados, com 4% das intenções de voto, Nelson Marchezan Jr (PSDB), Romildo Bolzan (PDT) e Lasier Martins (Podemos). Brancos e nulos somam 10% e 20% disseram não saber ou não responderam.

Num segundo cenário, com a hoje negada candidatura de Eduardo Leite (PSDB), Manuela mantém-se na liderança, mas a diferença cai para 2% (18% a 16%) e o vice passa a ser o tucano, vindo Mourão na sequência, com 12%. Todos perdem um pouquinho, aliás, mas não ficam longe. A seguir se encontram Ana Amélia (11%), Sartori (9%), e Bolzan e Lasier (ambos com 3%). Brancos, nulos e indecisos são 31%, 1% a mais que no outro cenário.

A última fornada de filiados às siglas, inclusive dois candidatos

Logo, logo, sai nova listagem dos filiados aos partidos. O prazo das siglas para informar ao Tribunal Superior Eleitoral, inclusive com a inclusão dos nomes da última fornada de possíveis candidatos em outubro, terminou nesta semana.

Não se imagina mudança entre os maiores, e PT (hoje com 6.803 filiados) MDB (3.535), PP (2.908), PDT (2.664) e PSDB (com 2.142 alistados) devem seguir, muito possivelmente nessa mesma ordem, na dianteira das 31 agremiações políticas com vida legal em Santa Maria.

Assim, as novidades mesmo - salvo por alguma grande e por enquanto inesperada surpresa - serão pelo menos duas. As filiações de Ewerton Falk no PL, oriundo do falecido DEM, e do vereador Tony Oliveira no Podemos, ele que deixou o também hoje desaparecido PSL. Ambos, claro, são pretendentes a uma vaga na Câmara e na Assembleia, respectivamente.

LUNETA

RENDIÇÃO

Sobre a nova liderança local do MDB: "se observarmos o cenário político local, vamos perceber o quanto o jovem e trabalhador deputado Beto (Roberto) Fantinel está fazendo a diferença. Sua inquietude não espera, ele vai atrás e faz acontecer e é justamente deste tipo de político que estamos precisando". Quem disse? Magali Marques da Rocha, atual presidente emedebista, ao colunista.

FEDERAL OU...

Importante liderança do PSB local, com o testemunho de militantes de outros dois partidos, instado pelo colunista, relatou a possibilidade de Fabiano Pereira não concorrer a deputado estadual, como se imaginava, mas a federal. Assim, o vereador Paulo Ricardo Pedroso, com o apoio da Negritude Socialista Brasileira no RS, seria candidato único da seção santa-mariense da sigla à Assembleia.

...COORDENAÇÃO

Esse mesmo líder do PSB da boca do monte aventou também outra opção para o futuro próximo do presidente do partido, Fabiano Pereira. Qual? O ex-deputado, inclusive pela proximidade política e pessoal com o candidato, pode ser alçado à condição de coordenador da campanha de Beto Albuquerque ao governo do Estado. Nesse caso, dedução claudemiriana, o partido ficaria sem candidato local à Câmara.

ESCOMBROS

Todos os presidentes, que se diga, tentam resolver os imbróglios envolvendo a nova sede do parlamento municipal. Não é diferente com Valdir Oliveira, o atual primeiro mandatário do Legislativo. Mas o fato é que a encrenca é tamanha que poucos acreditam em solução viável. Sem falar que há vereadores que falam nos escombros de outros Poderes ou mesmo da iniciativa privada, mas esquecem do edifício ao lado. Enfim...

PARA FECHAR!

Deve ser maldade, ainda que com jeito de brincadeira. Ou será sério? O fato é que foi entreouvido num dos corredores do Palacete da Vale Machado: o esporte favorito dos parlamentares santa-marienses não é mais, como alguns supunham, aprovar moções de congratulações ou de pesar. Agora, a preferência é por aprovar, e sempre por larga maioria, leis que são claramente inconstitucionais. Pooois é.

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